sábado, 8 de novembro de 2014

MST e bolivarianismo



O Globo, 8 de novembro de 2014.
Governo venezuelano assina convênio com o MST
Documento foi assinado por Elias Jaua para ‘fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista’

03/11/2014 20:27 / Atualizado 03/11/2014 21:18

Movimentos sociais venezuelanos assinam convênio com o MST - Reprodução / Telesur
SÃO PAULO — O ministro para Comunas e Movimentos sociais da Venezuela, Elias Jaua, cuja babá foi presa em São Paulo ao tentar ingressar no país com uma arma guardada em uma maleta, assinou um convênio com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), conforme ele mesmo definiu, “para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista”. O convênio, de acordo com o MST, prevê estritamente cursos de formação na área de produção agrícola.
O acordo foi firmado no final do mês passado na sede da Escola Nacional Florestan Fernandes, do movimento sem-terra, em Guararema, a 80 quilômetros de São Paulo. A escola promove cursos de formação política e técnica para movimentos sociais do Brasil e da América Latina. Em discurso em Guararema, Jaua, que foi chanceler do ex-presidente Hugo Chávez, afirmou:
— Firmar esse convênio para incrementar a capacidade de intercâmbio de experiências, de formação, para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista, que é a formação da consciência e da organização do povo para defender o que já foi conquistado e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista.
A declaração foi divulgada pela TV venezuelana Telesur, que recebeu o convênio firmado com o MST como uma iniciativa para desenvolver a economia comunitária.
Imagens divulgadas pela TV venezuelana Telesur, que recebeu o convênio firmado com o MST como uma iniciativa para desenvolver a economia comunitária - Reprodução / Telesur
A babá contratada pela família de Jaua foi presa no dia 24 de outubro ao tentar passar pela imigração com uma arma. Ela já foi liberada e o ministro afirmou que o armamento pertencia a ele e que a viagem com a arma tratou-se de um “erro involuntário” da babá. Ele estava no Brasil com a família para participar justamente do evento com o MST em Guararema e para acompanhar a esposa que passava por um tratamento de saúde em São Paulo. Com o episódio, ele disse ter encurtado sua viagem retornando a Caracas em um avião da estatal de petróleo venezuelana, a PDVSA.
Segundo Jaua, a babá Yaneth Anza viajara ao Brasil para auxiliar o ministro nos cuidados com a mulher dele, internada em um hospital de São Paulo.
O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), protocolou na sexta-feira passada no Ministério da Justiça e na procuradoria regional de São Paulo um pedido de abertura de investigações sobre possível prática de crime contra a segurança nacional e contra a ordem política e social cometido pelo ministro venezuelano. O tucano destaca que, além da arma, a suposta babá estava com documentos de “doutrinação política e ideológica”. Observou ainda que o ministro Elias Jaua Milano estava no Brasil para fechar acordos com o MST.
O Ministério da Justiça afirmou que está avaliando o pedido feito pelo líder do PSDB, mas que não há prazo para responder ao parlamentar.



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