sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Exército poderá salvar Dilma?

21/06/2013 - 03h15

Exército reforça efetivo para proteger autoridades políticas


 
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
País em protestoO Exército reforçou o efetivo destacado para proteger quatro prédios públicos classificados como "alvos sensíveis" na capital da República, principalmente o Palácio do Planalto, sede do governo, onde a presidente Dilma Rousseff passou toda a tarde.
Os outros três são residências oficiais: os palácios da Alvorada, da presidente, e do Jaburu, de Michel Temer, além da Granja do Torto, originalmente casa de campo.
O objetivo é garantir a vida e a integridade das autoridades e dos servidores e também impedir a depredação desses prédios públicos.
A operação está sob a responsabilidade do Comando Militar do Planalto, em contato com o Comando do Exército e com as forças regulares de segurança, aí incluídas a PM e a Força Nacional, responsáveis por monitorar de perto as manifestações.
Apesar de as autoridades não confirmarem oficialmente, a Folha apurou que é natural que as tropas estejam de prontidão não apenas em Brasília, mas em todos os Estados em que haja protestos.
Assim como em Brasília, as Forças Armadas têm um mapeamento detalhado de "alvos sensíveis" de todo o país.
Os cerca de 20 mil militares que já receberam treinamento em campo e participaram de ações no Haiti foram recrutados para aquele país de todas as regiões brasileiras e, ao voltarem, foram novamente dispersos por vários Estados.
Esses militares são considerados os mais habilitados para agir, no caso de a situação se tornar incontrolável e o Exército for acionado.
Essa hipótese, porém, é tida como improvável, pois acarretaria um enorme desgaste político para a presidente, ex-militante de esquerda durante o regime militar.
Além das ações objetivas de segurança e prevenção, o Exército atua na área de inteligência.
Há um trabalho para identificar quem são os manifestantes radicais, de onde vêm, se agem espontaneamente ou se "estão a serviço de interesses contrários ao Brasil", como ouviu a Folha. Chama a atenção o "modus operandi" comum às diversas manifestações.

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