quinta-feira, 19 de maio de 2011

Risco das FFAA na segurança pública


Folha de S. Paulo 18 de maio 2011

Jobim acusa indústria e Sistema S de falta de atuação em favelas
RIO
DO RIO - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, entrou em conflito ontem com a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio), após acusá-la de falta de atuação em favelas.
Durante o 23º Fórum Nacional, organizado pelo Inae (Instituto Nacional de Altos Estudos), Jobim afirmou que há uma ausência de cursos profissionalizantes do Sistema S nas favelas pacificadas.
"A pergunta que eu faço aos senhores é: Onde está o sistema S nas favelas do Rio? Não conheço. Onde está o sistema S, a Firjan, no morro do Alemão? Por que não está lá aquele caminhão de formação de mão de obra qualificada, como tem em São Paulo?"
O gerente de Infraestrutura e Novos Investimentos da federação, Cristiano Prado, respondeu na mesa, após a saída do ministro, que o programa Sesi Cidadania -de cursos profissionalizantes- atua em 15 das 17 favelas pacificadas do Rio -o complexo do Alemão ainda não tem UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
A Firjan classificou as declarações do ministro de "deselegantes, descabidas e desinformadas".
Jobim afirmou ainda que o sucesso da ação do Exército no Alemão e na Penha, na zona norte do Rio, "é um risco". Para ele, os Estados podem parar de investir em segurança pública aguardando o apoio das Forças Armadas.
Para o ministro, o uso das Forças Armadas no apoio à segurança pública dos Estados deve ser "episódico" e não pode ser banalizado.

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